Louvo o Padre, louvo o Filho E louvo o Espírito Santo. Louvado Deus, louvo o santo De quem este Rio é filho. Louvo o santo padroeiro — Bravo São Sebastião — Que num dia de janeiro Lhe deu santa defensão. Louvo a cidade nascida No morro Cara de Cão, Logo depois transferida Para o Castelo, de então Descendo as faldas do outeiro, Avultando em arredores, Subindo a morros maiores, — Grande Rio de Janeiro! Rio de Janeiro, agora De quatrocentos janeiros... Ó Rio de meus primeiros Sonhos! (A última hora De minha vida oxalá Venha sob teus céus serenos, Porque assim sentirei menos O meu despejo de cá.) Cidade de sol e bruma, Se não és mais capital Desta nação, não faz mal: Jamais capital nenhuma, Rio, empanará teu brilho, Igualará teu encanto. Louvo o Padre, louvo o Filho E louvo o Espírito Santo.