Oh o maior horror de terem cessado os clarins Que sons indecisos nos traz o que substitui o vento Nesta profunda palidez [...] dos que mataram? Quem é que vem? O que nos vai dar Que criança a soluçar em calma noite intranquila, Meu irmão? A irmã de quem? Ó anos de infância Em que eu olhava da janela os soldados e via os uniformes E a sangrenta e carnal realidade das coisas não existia para mim!... Choque de cavaleiros onde? Artilharia, onde, onde, onde? Ó dor da [indecisão?] com agitações inexplicáveis à superfície de águas estagnadas... Ó murmúrio incompreensível da morte como que vento nas folhagens... Ó pavor certo de uma realidade desenhada pelos espelhos indecisos... (Lágrimas nas tuas mãos E plácido o teu olhar... E tu, amor, és uma realidade também... Ah, não ser tudo senão um quadro, um quadro qualquer... E quem sabe se tudo não será um quadro e a dor e a alegria E a incerteza e o terror Coisas, meras coisas, [...] Lágrimas nas tuas mãos, no terraço sobre o lago azul da montanha E lento o crepúsculo sobre os cumes altos das nossas duas almas E uma vontade de chorar a apertar-nos aos dois ao seu peito...) A guerra. a guerra, a guerra realmente. Excessivamente aqui, horror, a guerra real... Com a sua realidade de gente que vive realmente, Com a sua estratégia realmente aplicada a exércitos reais compostos de gente real E as suas consequências, não coisas contadas em livros Mas frias verdades, de estragos realmente humanos, mortes de quem morreu, na verdade, E o sol também real sobre a terra também real Reais em acto e a mesma merda no meio disto tudo! Verdade do perigo, dos mortos, dos doentes e das violações, E os sons florescem nos gritos misteriosamente... A gaiola do canário à tua janela, Maria, E o sussurro suave da água que gorgoleja no tanque... O corpo... E os outros corpos não muito diferentes deste, A morte... E o contrário disto tudo é a vida... Dói-me a alma e não compreendo... Custa-me a acreditar no que existe... Pálido e perturbado. não me mexo e sofro.