— Não voto no militar; voto no homem escandaloso. — Ué, compadre, quem é o homem escandoloso? — O Brigadeiro. — Escandaloso? — Escandaloso. — Escandaloso por quê? — Ora, ouça lá o meu corrido: Homem mesmo escandaloso, Pois não mata, Pois não furta, Pois não mente, Não engana, nem intriga, Tem preceito, tem ensino: Foi assim desde tenente, Foi assim desde menino! Homem mesmo escandaloso! Não tem mancha, Não tem medo, Quem não sente? Brigadeiro da fiúza, Sem agacho, sem empino: Foi assim desde tenente, Foi assim desde menino! Homem mesmo escandaloso! Não é bruto, Ambicioso, Maldizente, Nunca diz um disparate, Nunca faz um desatino: Foi assim desde tenente, Foi assim desde menino! Homem mesmo escandaloso! Não zunzuna Nem não fala Atoamente: Será nosso Presidente, Estava no seu destino Desde que ele era tenente, Desde que ele era menino! — Tem razão, compadre, vamos votar nele.