Versos que retratam encontros significativos na vida, sejam eles românticos, amigáveis ou espirituais.
Horas profundas, lentas e caladas Feitas de beijos rubros e ardentes, De noites de volúpia, noites quentes Onde há risos de virgens desmaiadas... Oiço olaias em flor às gargalhadas... Tombam...
Por essa vida fora hás-de adorar Lindas mulheres, talvez; em ânsia louca, Em infinito anseio hás de beijar Estrelas d´ouro fulgindo em muita boca! Hás de guardar em cofre perfumado Cabelos d...
Sombrios mensageiros das violetas, De longas e revoltas cabeleiras; Brancos, sois o casto olhar das virgens Pálidas que ao luar, sonham nas eiras. Vermelhos, gargalhadas triunfantes, Lábios qu...
Uns bezerritos bebem lentamente Na tranqüila levada do moinho. Perpassa nos seus olhos, vagamente, A sombra duma alma cor do linho! Junto deles um par. Naturalmente Namorados ou noivos. De man...
e fala da relação íntima e mística que o mar tem com o ser humano. A poesia de Florbela Espanca é conhecida por ser introspectiva e emotiva
Versos! Versos! Sei lá o que são versos... Pedaços de sorriso, branca espuma, Gargalhadas de luz, cantos dispersos, Ou pétalas que caem uma a uma... Versos!... Sei lá! Um verso é o teu olhar, ...
Teus olhos, borboletas de ouro, ardentes Borboletas de sol, de asas magoadas, Pousam nos meus, suaves e cansadas Como em dois lírios roxos e dolentes... E os lírios fecham... Meu amor não sente...
Diluído numa taça de ouro a arder Toledo é um rubi. E hoje é só nosso! O sol a rir...Viv ́alma...Não esboço Um gesto que me não sinta esvaecer... As tuas mãos tateiam-me a tremer... Meu corp...
Em atitudes e em ritmos fleugmáticos, Erguendo as mãos em gestos recolhidos, Todos brocados fúlgidos, hieráticos, Em ti andam bailando os meus sentidos... E os meus olhos serenos, enigmáticos...
Sob estas árvores ou aquelas árvores Conduzi a dança, Conduzi a dança, ninfas singelas Até ao amplo gozo Que tomais da vida. Conduzi a dança E sê quase humana...
No momento em que vamos pelos prados E o nosso amor é um terceiro ali, Que usurpa que saibamos Um ao certo do outro, Nesse momento, em que o que vemos mesmo Sem o v...
No momento em que vamos pelos prados E o nosso amor é um terceiro ali, Que usurpa que saibamos Um ao certo do outro, Nesse momento, em que o que vemos mesmo Sem o v...
Um verso repete Uma brisa fresca, O verão nas ervas, E vazio sofre ao sol O átrio abandonado. Ou, no inverno, ao longe Os cimos de neve, À lareira toadas Dos contos herdad...
Um verso repete Uma brisa fresca, O verão nas ervas, E vazio sofre ao sol O átrio abandonado. Ou, no inverno, ao longe Os cimos de neve, À lareira toadas Dos contos herdad...
A Praça da Figueira de manhã, Quando o dia é de sol (como acontece Sempre em Lisboa), nunca em mim esquece, Embora seja uma memória vã. Há tanta coisa mais interessante Que aquele lugar lógi...
O florir do encontro casual Dos que hão sempre de ficar estranhos... O único olhar sem interesse recebido no acaso Da estrangeira rápida... O olhar de interesse da criança trazida pela mão ...
No lugar dos palácios desertos e em ruínas À beira do mar, Leiamos, sorrindo, os segredos das sinas De quem sabe amar. Qualquer que ele seja, o destino daqueles Que o amor levou Para a somb...
O florir do encontro casual Dos que hão sempre de ficar estranhos... O único olhar sem interesse recebido no acaso Da estrangeira rápida... O olhar de interesse da criança trazida pela mão ...
No lugar dos palácios desertos e em ruínas À beira do mar, Leiamos, sorrindo, os segredos das sinas De quem sabe amar. Qualquer que ele seja, o destino daqueles Que o amor levou Para a somb...
O florir do encontro casual Dos que hão sempre de ficar estranhos... O único olhar sem interesse recebido no acaso Da estrangeira rápida... O olhar de interesse da criança trazida pela mão ...
Ah as horas indecisas em que a minha vida parece de um outro... As horas do crepúsculo no terraço dos cafés cosmopolitas! Na hora de olhos húmidos em que se acendem as luzes E o cansaço sabe vag...
São poucos os momentos de prazer na vida... É gozá-la... Sim, já o ouvi dizer muitas vezes Eu mesmo já o disse. (Repetir é viver.) É gozá-la não é verdade? Gozêmo-la, loura falsa, gozêmo-la...
Ah, os primeiros minutos nos cafés de novas cidades! A chegada pela manhã a cais ou a gares Cheios de um silêncio repousado e claro! Os primeiros passantes nas ruas das cidades a que se chega......
São poucos os momentos de prazer na vida... É gozá-la... Sim, já o ouvi dizer muitas vezes Eu mesmo já o disse. (Repetir é viver.) É gozá-la não é verdade? Gozêmo-la, loura falsa, gozêmo-la...
Ah as horas indecisas em que a minha vida parece de um outro... As horas do crepúsculo no terraço dos cafés cosmopolitas! Na hora de olhos húmidos em que se acendem as luzes E o cansaço sabe vag...
... Como, nos dias de grandes acontecimentos no centro da cidade, Nos bairros quase-excêntricos as conversas em silêncio às portas A expectativa em grupos... Ninguém sabe nada. Leve rastro de...
Sob estas árvores ou aquelas árvores Conduzi a dança, Conduzi a dança, ninfas singelas Até ao amplo gozo Que tomais da vida. Conduzi a dança E sê quase humanas Com o v...
No momento em que vamos pelos prados E o nosso amor é um terceiro ali, Que usurpa que saibamos Um ao certo do outro, Nesse momento, em que o que vemos mesmo Sem o vermos na p...
No momento em que vamos pelos prados E o nosso amor é um terceiro ali, Que usurpa que saibamos Um ao certo do outro, Nesse momento, em que o que vemos mesmo Sem o vermos na p...
Um verso repete Uma brisa fresca, O verão nas ervas, E vazio sofre ao sol O átrio abandonado. Ou, no inverno, ao longe Os cimos de neve, À lareira toadas Dos contos herdados, E um verso ...
Um verso repete Uma brisa fresca, O verão nas ervas, E vazio sofre ao sol O átrio abandonado. Ou, no inverno, ao longe Os cimos de neve, À lareira toadas Dos contos herdados, E um verso ...
Como se ama o silêncio, a luz, o aroma, O orvalho numa flor, nos céus a estrela, No largo mar a sombra de uma vela, Que lá na extrema do horizonte assoma; Como se ama o clarão da branca lua, ...
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, De vivo luzir, Estrelas incertas, que as águas dormentes Do mar vão ferir; Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, Têm meiga expressão, Mai...
IV Como a floresta secular, sombria, Virgem do passo humano e do machado, Onde apenas, horrendo, ecoa o brado Do tigre, e cuja agreste ramaria Não atravessa nunca a luz do dia, Assim tamb...
Na água do rio que procura o mar; No mar sem fim; na luz que nos encanta; Na montanha que aos ares se levanta; No céu sem raias que deslumbra o olhar; No astro maior, na mais humilde planta; ...
Num recesso da selva ínvia e sombria, Estrelada de flores, vicejante, Onde um rio entre seixos, espumante, Cursando o vale, túrgido, fluía; A coma esparsa, lívido o semblante, Desvairados os...
Eu gosto de delicadeza. Seja nos gestos, nas palavras, nas ações, no jeito de olhar, no dia-a-dia e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar...
Meu tudo, minha amada e minha amiga, Eis, compendiada toda num soneto, A minha profissão de fé e afeto, Que à confissão, posto aos teus pés, me obriga. O que n'alma guardei de muita a...
Em Josefina Modos, linguagem, Ar, expressão, Olhos e riso, Riso e sorriso, É tudo imagem Graciosa e fina Do coração.
De John o agrado mais terno, De Tontje o olhar mais risonho Tomo e com eles componho Alguma coisa de eterno, De fino, de leve — um sonho, Um pensamento, um perfume, À carícia mais...
Eu conheço a mais bela flor; És tu, rosa da mocidade, Nascida aberta para o amor. Eu conheço a mais bela flor. Tem do céu a serena cor, E o perfume da virgindade. Eu conheço a mai...