Diversos poemas sobre paz e poemas e versos que transmitem paz interior. Os poemas sobre a paz são aqueles que falam sobre a importância e o valor da paz, tanto no âmbito pessoal quanto no âmbito coletivo. Eles podem tratar de temas como a harmonia, o perdão, a tolerância, a compreensão e a reconciliação. Os poemas sobre a paz geralmente têm um tom mais otimista e inspirador, e podem ser escritos de muitas maneiras diferentes, incluindo verso livre, rima ou formas tradicionais. A paz é um tema universal que todos nós valorizamos e buscamos, e os poemas sobre a paz nos permitem expressar esses valores e nos inspirar a buscar a paz em nossas próprias vidas e no mundo ao nosso redor. Eles também nos ajudam a entender e a refletir sobre o que significa a paz e como podemos contribuir para a criação de um mundo mais pacífico.
Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não, do tamanho da minha alt...
Se tanta pena tenho merecida Em pago de sofrer tantas durezas, Provai, Senhora, em mim vossas cruezas, Que aqui tendes u~a alma oferecida. Nela experimentai, se sois servida, Desprezos, desf...
Quem presumir, Senhora, de louvar-vos Com humano saber, e não divino, Ficará de tamanha culpa dino Quamanha ficais sendo em contemplar-vos. Não pretenda ninguém de louvor dar-vos, Por mais q...
O cisne, quando sente ser chegada A hora que põe termo a sua vida, Música com voz alta e mui subida Levanta pela praia inabitada. Deseja ter a vida prolongada Chorando do viver a despedida; ...
Se pena por amar-vos se merece, Quem dela livre está? ou quem isento? Que alma, que razão, que entendimento Em ver-vos se não rende e obedece? Que mor glória na vida se oferece Que ocupar-se...
Coitado! que em um tempo choro e rio; Espero e temo, quero e aborreço; Juntamente me alegro e entristeço; Du~a cousa confio e desconfio. Voo sem asas; estou cego e guio; E no que valho mais ...
Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar...
Meu doido coração aonde vais, No teu imenso anseio de liberdade? Toma cautela com a realidade; Meu pobre coração olha cais! Deixa-te estar quietinho! Não amais A doce quietação da soledade? T...
Poeta da saudade, ó meu poeta qu ́rido Que a morte arrebatou em seu sorrir fatal, Ao escrever o Só pensaste enternecido Que era o mais triste livro deste Portugal, Pensaste nos que liam esse ...
Passam no teu olhar nobres cortejos, Frotas, pendões ao vento sobranceiros, Lindos versos de antigos romanceiros, Céus do Oriente, em brasa, como beijos, Mares onde não cabem teus desejos; P...
Cansa ser, sentir dói, pensar destrui. Alheia a nós, em nós e fora, Rui a hora, e tudo nela rui. Inutilmente a alma o chora. De que serve? O que é que tem que servir? Pálido esboço leve Do ...
Cansa ser, sentir dói, pensar destrui. Alheia a nós, em nós e fora, Rui a hora, e tudo nela rui. Inutilmente a alma o chora. De que serve? O que é que tem que servir? Pálido esboço leve Do ...
Cansa ser, sentir dói, pensar destrui. Alheia a nós, em nós e fora, Rui a hora, e tudo nela rui. Inutilmente a alma o chora. De que serve? O que é que tem que servir? Pálido esboço leve Do ...
Cansa ser, sentir dói, pensar destrui. Alheia a nós, em nós e fora, Rui a hora, e tudo nela rui. Inutilmente a alma o chora. De que serve? O que é que tem que servir? Pálido esboço leve Do ...
A estrada, como uma senhora, Só dá passagem legalmente. Escrevo ao sabor quente da hora Baldadamente. Não saber bem o que se diz É um pouco sol e um pouco alma. Ah, quem me dera ser feliz. ...
Quero dos deuses só que me não lembrem. Serei livre — sem dita nem desdita, Como o vento que é a vida Do ar que não é nada. O ódio e o amor iguais nos buscam; ambos, Cada um com seu ...
Bocas roxas de vinho Testas brancas sob rosas, Nus, brancos antebraços Deixados sobre a mesa: Tal seja, Lídia, o quadro Em que fiquemos, mudos, Eternamente inscritos Na consc...
Bocas roxas de vinho Testas brancas sob rosas, Nus, brancos antebraços Deixados sobre a mesa: Tal seja, Lídia, o quadro Em que fiquemos, mudos, Eternamente inscritos Na consc...
Bocas roxas de vinho Testas brancas sob rosas, Nus, brancos antebraços Deixados sobre a mesa: Tal seja, Lídia, o quadro Em que fiquemos, mudos, Eternamente inscritos Na consc...
Bocas roxas de vinho Testas brancas sob rosas, Nus, brancos antebraços Deixados sobre a mesa: Tal seja, Lídia, o quadro Em que fiquemos, mudos, Eternamente inscritos Na consc...
Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros Onde quer que estejamos. Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros Onde quer que moremos. Tudo é alheio Nem fala língua nossa. Façamos de ...
Severo narro. Quanto sinto, penso. Palavras são ideias. Múrmuro, o rio passa, e o que não passa, Que é nosso, não do rio. Assim quisesse o verso: meu e alheio E por mi...
É tão suave a fuga deste dia, Lídia, que não parece que vivemos. Sem dúvida que os deuses Nos são gratos esta hora, Em paga nobre desta fé que temos Na exilada verdad...
Os deuses são felizes. Vivem a vida calma das raízes. Seus desejos o Fado não oprime, Ou, oprimindo, redime Com a vida imortal. Não há Sombras ou outros que os contristem. E, a...
Me concedam os deuses lá do alto Da sua calma que não custa ou serve Ter uma vida tal qual eles Se fossem homens a teriam... Dominando desejos e esperanças Não para s...
Quero, da vida, só não conhecê-la. Bastam, a quem o Fado pôs na vida, As formas sucessórias Da vida insubsistente. Pouco serve pensar que são eternos Os nossos nadas ...
Quero, da vida, só não conhecê-la. Bastam, a quem o Fado pôs na vida, As formas sucessórias Da vida insubsistente. Pouco serve pensar que são eternos Os nossos nadas ...
Outros com liras ou com harpas narram, Eu com meu pensamento. Que, por meio de música, acham nada Se acham só o que sentem. Mais pesam as palavras que, medidas, ...
Se hás-de ser o que choras Ter que ser, não o chores. Se toda a mole imensa Do mundo ser-te-á noite, Aproveita este breve Dia, e sem choro ou cura Goza-o, contente por viveres ...
Cada um é um mundo; e como em cada fonte Uma deidade vela, em cada homem Porque não há de haver Um deus só de ele homem? Na encoberta sucessão das cousas, Só o sábi...
Débil no vício, débil na virtude A humanidade débil, nem na fúria Conhece mais que a norma. Pares e diferentes nos regemos Por uma norma própria, e inda que dura, S...
Enquanto ao longe os bardos perturbarem Com a dos seus combates longa lista A parca e humilde chama De cada flébil vida, E nem um palmo mais sequer conquistam De ri...
Quero versos que sejam como jóias Para que durem no porvir extenso E os não macule a morte Que em cada cousa a espreita, Versos onde se esquece o duro e triste Lapso ...
Não batas palmas diante da beleza. Não se sente a beleza demasiado. A beleza não passa É a sombra dos Deuses. Mexa-se embora a nossa estéril vida, Desdobre Éolo sob...
Cumpre a lei, seja vil ou vil tu sejas. Pouco pode o homem contra a externa vida. Deixa haver a injustiça. Nada muda, que mudes. Não tens mais reino que a doada mente....
Não batas palmas diante da beleza. Não se sente a beleza demasiado. A beleza não passa É a sombra dos Deuses. Mexa-se embora a nossa estéril vida, Desdobre Éolo sob...
Cumpre a lei, seja vil ou vil tu sejas. Pouco pode o homem contra a externa vida. Deixa haver a injustiça. Nada muda, que mudes. Não tens mais reino que a doada mente....
Não a ti, mas aos teus, odeio, Cristo. Tu não és mais que um deus a mais no eterno Pantéon que preside À nossa vida incerta. Nem maior nem menor que os novos deuses, ...
ODE "A PARTIDA" (excertos) Grande libertador, Que quebraste as algemas de todas as mortes – as do corpo e as da alma A morte, a doença, a tristeza A arte, e a ciência, e a filosofia... Gr...
Ali não havia electricidade. Por isso foi à luz de uma vela mortiça Que li, inserto na cama, O que estava à mão para ler – A Bíblia, em português (coisa curiosa!), feita para protestantes E r...
Da casa do monte, símbolo eterno e perfeito, Vejo os campos, os campos todos, E eu os saúdo por fim com a voz verdadeira, Eu lhes dou vivas, chorando, com as lágrimas certas e os vivas exactos —...
Da casa do monte, símbolo eterno e perfeito, Vejo os campos, os campos todos, E eu os saúdo por fim com a voz verdadeira, Eu lhes dou vivas, chorando, com as lágrimas certas e os vivas exactos —...
Da casa do monte, símbolo eterno e perfeito, Vejo os campos, os campos todos, E eu os saúdo por fim com a voz verdadeira, Eu lhes dou vivas, chorando, com as lágrimas certas e os vivas exactos —...
SAUDAÇÂO A W. WHITMAN Para cantar-te, Para cantar-te como tu quererias que te cantassem, Melhor é cantar a terra, o mar, as cidades e os campos — Os homens, as mulheres, as crianças, As prof...
PASSAGEM DAS HORAS OU WALT WHITMAN Eu, o ritmista febril Para quem o parágrafo de versos é uma pessoa inteira, Para quem, por baixo da metáfora aparente, Como em estrofe, anti-estrofe, epodo ...
Sim, é claro, O Universo é negro, sobretudo de noite. Mas eu sou como toda a gente, Não tenha eu dores de dentes nem calos e as outras dores passam. Com as outras dores fazem-se versos. Com as...
SAUDAÇÂO A W. WHITMAN Para cantar-te, Para cantar-te como tu quererias que te cantassem, Melhor é cantar a terra, o mar, as cidades e os campos — Os homens, as mulheres, as crianças, As prof...
A liberdade, sim, a liberdade! A verdadeira liberdade! Pensar sem desejos nem convicções. Ser dono de si mesmo sem influência de romances! Existir sem Freud nem aeroplanos, Sem cabarets, nem n...
Da casa do monte, símbolo eterno e perfeito, Vejo os campos, os campos todos, E eu os saúdo por fim com a voz verdadeira, Eu lhes dou vivas, chorando, com as lágrimas certas e os vivas exactos —...
Minha oração-cavalgada! Minha saudação-arranco! Quem como tu sentiu a vida individual de tudo? Quem como tu esgotou sentir-se — a vida — sentir-nos? Quem como tu tem sempre o sobresselente ...
SAUDAÇÂO A W. WHITMAN Para cantar-te, Para cantar-te como tu quererias que te cantassem, Melhor é cantar a terra, o mar, as cidades e os campos — Os homens, as mulheres, as crianças, As prof...
PASSAGEM DAS HORAS OU WALT WHITMAN Eu, o ritmista febril Para quem o parágrafo de versos é uma pessoa inteira, Para quem, por baixo da metáfora aparente, Como em estrofe, anti-estrofe, epodo ...
A liberdade, sim, a liberdade! A verdadeira liberdade! Pensar sem desejos nem convicções. Ser dono de si mesmo sem influência de romances! Existir sem Freud nem aeroplanos, Sem cabarets, nem n...
[I] Hela hoho, helahoho! Desfilam diante de mim as civilizações guerreiras... Numa manhã triunfal, Numa longa linha como que pintada em minha alma , Sucessivamente, indeterminad...
SAUDAÇÂO A W. WHITMAN Para cantar-te, Para cantar-te como tu quererias que te cantassem, Melhor é cantar a terra, o mar, as cidades e os campos — Os homens, as mulheres, as crianças, As prof...
Quero dos deuses só que me não lembrem. Serei livre — sem dita nem desdita, Como o vento que é a vida Do ar que não é nada. O ódio e o amor iguais nos buscam; ambos, Cada um com seu modo, nos ...
Bocas roxas de vinho Testas brancas sob rosas, Nus, brancos antebraços Deixados sobre a mesa: Tal seja, Lídia, o quadro Em que fiquemos, mudos, Eternamente inscritos Na consciência dos deu...
Bocas roxas de vinho Testas brancas sob rosas, Nus, brancos antebraços Deixados sobre a mesa: Tal seja, Lídia, o quadro Em que fiquemos, mudos, Eternamente inscritos Na consciência dos deu...
Bocas roxas de vinho Testas brancas sob rosas, Nus, brancos antebraços Deixados sobre a mesa: Tal seja, Lídia, o quadro Em que fiquemos, mudos, Eternamente inscritos Na consciência dos deu...
Bocas roxas de vinho Testas brancas sob rosas, Nus, brancos antebraços Deixados sobre a mesa: Tal seja, Lídia, o quadro Em que fiquemos, mudos, Eternamente inscritos Na consciência dos deu...
Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros Onde quer que estejamos. Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros Onde quer que moremos. Tudo é alheio Nem fala língua nossa. Façamos de nós mesmos...
Severo narro. Quanto sinto, penso. Palavras são ideias. Múrmuro, o rio passa, e o que não passa, Que é nosso, não do rio. Assim quisesse o verso: meu e alheio E por mim mesmo li...
É tão suave a fuga deste dia, Lídia, que não parece que vivemos. Sem dúvida que os deuses Nos são gratos esta hora, Em paga nobre desta fé que temos Na exilada verdade dos seus...
Os deuses são felizes. Vivem a vida calma das raízes. Seus desejos o Fado não oprime, Ou, oprimindo, redime Com a vida imortal. Não há Sombras ou outros que os contristem. E, além disto, não...
Me concedam os deuses lá do alto Da sua calma que não custa ou serve Ter uma vida tal qual eles Se fossem homens a teriam... Dominando desejos e esperanças Não para ser comprad...
Quero, da vida, só não conhecê-la. Bastam, a quem o Fado pôs na vida, As formas sucessórias Da vida insubsistente. Pouco serve pensar que são eternos Os nossos nadas com que na...
Quero, da vida, só não conhecê-la. Bastam, a quem o Fado pôs na vida, As formas sucessórias Da vida insubsistente. Pouco serve pensar que são eternos Os nossos nadas com que na...
Outros com liras ou com harpas narram, Eu com meu pensamento. Que, por meio de música, acham nada Se acham só o que sentem. Mais pesam as palavras que, medidas, Dizem qu...
Se hás-de ser o que choras Ter que ser, não o chores. Se toda a mole imensa Do mundo ser-te-á noite, Aproveita este breve Dia, e sem choro ou cura Goza-o, contente por viveres O pouco que te...
Cada um é um mundo; e como em cada fonte Uma deidade vela, em cada homem Porque não há de haver Um deus só de ele homem? Na encoberta sucessão das cousas, Só o sábio sente, q...
Débil no vício, débil na virtude A humanidade débil, nem na fúria Conhece mais que a norma. Pares e diferentes nos regemos Por uma norma própria, e inda que dura, Será à libe...
Enquanto ao longe os bardos perturbarem Com a dos seus combates longa lista A parca e humilde chama De cada flébil vida, E nem um palmo mais sequer conquistam De riqueza ou d...
Quero versos que sejam como jóias Para que durem no porvir extenso E os não macule a morte Que em cada cousa a espreita, Versos onde se esquece o duro e triste Lapso curto dos ...
Não batas palmas diante da beleza. Não se sente a beleza demasiado. A beleza não passa É a sombra dos Deuses. Mexa-se embora a nossa estéril vida, Desdobre Éolo sobre nós seu...
Cumpre a lei, seja vil ou vil tu sejas. Pouco pode o homem contra a externa vida. Deixa haver a injustiça. Nada muda, que mudes. Não tens mais reino que a doada mente. Essa, ...
Não batas palmas diante da beleza. Não se sente a beleza demasiado. A beleza não passa É a sombra dos Deuses. Mexa-se embora a nossa estéril vida, Desdobre Éolo sobre nós seu...
Cumpre a lei, seja vil ou vil tu sejas. Pouco pode o homem contra a externa vida. Deixa haver a injustiça. Nada muda, que mudes. Não tens mais reino que a doada mente. Essa, ...
Não a ti, mas aos teus, odeio, Cristo. Tu não és mais que um deus a mais no eterno Pantéon que preside À nossa vida incerta. Nem maior nem menor que os novos deuses, Tua somb...
(Natalícia) I Não chores, meu filho; Não chores, que a vida É luta renhida: Viver é lutar. A vida é combate, Que os fracos abate, Que os fortes, os bravos Só pode exaltar. II Um ...
Tupã, ó Deus grande! cobriste o teu rosto Com denso velâmen de penas gentis; E jazem teus filhos clamando vingança Dos bens que lhes deste da perda infeliz! Tupã, ó Deus grande! teu rosto des...
(...) Uma voz sonora e retumbante partiu do Ipiranga e foi do mar aos Andes e do Prata às margens do Amazonas. E todos se ergueram violenta e instantaneamente como um cadáver por virtude d...
Não és bom, nem és mau: és triste e humano... Vives ansiando, em maldições e preces, Como se, a arder, no coração tivesses O tumulto e o clamor de um largo oceano. Pobre, no bem como no mal, ...
XXX Ao coração que sofre, separado Do teu, no exílio em que a chorar me vejo, Não basta o afeto simples e sagrado Com que das desventuras me protejo. Não me basta saber que sou amado, Nem...
Tens, às vezes, o fogo soberano Do amor: encerras na cadência, acesa Em requebros e encantos de impureza, Todo o feitiço do pecado humano. Mas, sobre essa volúpia, erra a tristeza Dos desert...
XXXI Longe de ti, se escuto, porventura, Teu nome, que uma boca indiferente Entre outros nomes de mulher murmura, Sobe-me o pranto aos olhos, de repente... Tal aquele, que, mísero, a tortu...
Jesus nasceu. Na abóbada infinita Soam cânticos vivos de alegria; E toda a vida universal palpita Dentro daquela pobre estrebaria... Não houve sedas, nem cetins, nem rendas No berço humilde...
IX De outras sei que se mostram menos frias, Amando menos do que amar pareces. Usam todas de lágrimas e preces: Tu de acerbas risadas e ironias. De modo tal minha atenção desvias, Com tal...
Da mata no seio umbroso, No verde seio da serra, Nasce o rio generoso, Que é a providência da terra. Nasce humilde; e, pequenino, Foge ao sol abrasador; É um fio dágua, tão fino, Que desli...
Na água do rio que procura o mar; No mar sem fim; na luz que nos encanta; Na montanha que aos ares se levanta; No céu sem raias que deslumbra o olhar; No astro maior, na mais humilde planta; ...
Este, que um deus cruel arremessou à vida, Marcando-o com o sinal da sua maldição, — Este desabrochou como a erva má, nascida Apenas para aos pés ser calcada no chão. De motejo em motejo arra...
NÃO ME FALTARIAM ASSUNTOS com que atulhar o bojo de uma larga crônica, bem nutrida e bem variada, neste sábado em que escrevo — um sábado alegre e quente, um sol que cobre de tons de ouro e topázio...
Doire a Poesia a escura realidade E a mim a encubra! Um visionário ardente Quis vê-la nua um dia; e, ousadamente, Do áureo manto despoja a divindade; O estema da perpétua mocidade Tira-lhe e...
Rondo pela noite Imaginando mil coisas Meditando sozinho Até a madrugada Isto tudo é tão contrário Medo e coragem Amor e ódio Revolta e compreensão Mas nada rima nesse mundo Apenas eu...
Adeus aos filtros da mulher bonita; A esse rosto espanhol, pulcro e moreno; Ao pé que no bolero... ao pé pequeno; Pé que, alígero e célere, saltita... Lira do amor, que o amor não mais excita...
Chora de manso e no íntimo... Procura Curtir sem queixa o mal que te crucia: O mundo é sem piedade e até riria Da tua inconsolável amargura. Só a dor enobrece e é grande e é pura. ...
Quando n'alma pesar de tua raça A névoa da apagada e vil tristeza, Busque ela sempre a glória que não passa, Em teu poema de heroísmo e de beleza. Gênio purificado na desgraça, Tu ...
Eu faço versos como quem morre.
Querem outros muito dinheiro; Outros, muito amor; outros, mais Precavidos, querem inteiro Sossego, paz, dias iguais. Mas eu, que sei que nesta vida O que mais se mostra é ouropel, ...
Quando em torno de nós raiva o funesto Desvairo, e na infernal perplexidade Erramos o caminho da verdade Nos Santos Evangelhos manifesto, Baixem as luzes do divino Texto Pela boca ...
Montanha e chão. Neve e lava, Humildade da umidade. Quem disse que eu não te amava? Amo-te mais que a verdade. E de resto o que é a verdade? E de resto o que é a poesia? E o que...
Louvo o Padre, louvo o Filho E louvo o Espírito Santo. Idem louvo, exalto e canto O prosador, grande filho Do Norte, e que no deserto Do romance nacional, Ergueu, escorreito e dis...
Escuta o gazal que fiz, Darling, em louvor de Hafiz: — Poeta de Chiraz, teu verso Tuas mágoas e as minhas diz. Pois no mistério do mundo Também me sinto infeliz. Falaste: “A...
Scorn not the sonnet, disse o inglês. Ouviste O conselho do poeta e um dia, quando Mais o espinho pungiu da ausência triste, O primeiro soneto abriu cantando. Musa do verso livre, hoj...
Vai a bênção que pediste. Mas a maior bênção é Ganhar em Natal tão triste Maria de Nazareth. Janeiro de 1942
Poeta do Forrobodó Se és pacífico não sei, Mas que és vital jurarei, Ó satírico sem dó, Sem dono, sem lei nem laços — Vital Pacífico Passos!
Trôpego, reumático, surdo, Eu, poeta oficial da família, Junto as últimas forças e urdo Em mansa, amorosa vigília Estes versos para Maria Da Glória no glorioso dia!
A Murilo e Saudade Que a Murilo e Saudade vás Levar, cartão, num grande abraço, Meus votos de saúde e paz. (Paz sem a pomba de Picasso.)
Sino de Belém, Sino da Paixão... Sino de Belém, Sino da Paixão... Sino do Bonfim!... Sino do Bonfim... Sino de Belém, pelos que inda vêm! Sino de Belém bate bem-bem-bem. ...
Noite, melhor que o dia, quem não te ama? Fil. Elis. Quando a noturna sombra envolve a terra E à paz convida o lavrador cansado, À fresca brisa o seio delicado A branca flor do emb...
Pensa em ti mesma, acharás Melhor poesia, Viveza, graça, alegria, Doçura e paz. Se já dei flores um dia, Quando rapaz, As que ora dou têm assaz Melancolia. Uma só das ho...
Lágrimas não são argumentos.
Sentenças latinas, ditos históricos, versos célebres, brocardos jurídicos, máximas, é de bom aviso trazê-los contigo para os discursos de sobremesa, de felicitação ou de agradecimento.