Este poema de Ricardo Reis aborda a dualidade do gosto e do desgosto na vida. O eu lírico questiona o que é que realmente gostamos, comparando-o com aquilo que nos amarga. Através de metáforas, o poeta reflete sobre as diferentes direções que os destinos podem tomar, assim como os rios que desembocam no mar. No final, o poema sugere que devemos apreciar aquilo que escolhemos gostar, mesmo que seja algo que ainda não tenhamos aprendido a gostar.
Qual, Pirro, aquilo gosta que o amarga,
Qual aquilo que gosta.
Pares quem os fados diferentes
Como rios diversos,
Com curso a leste ou oeste, a sul ou norte,
Sempre ao mar em que acabam.
Gostemos pois aquilo em que pusémos
O gosto inaprendido,
Temos as tenras tardes, não (...)
No poetmi desde 2022-10-07 01:37:27
Ricardo Reis in Odes de Ricardo Reis
Dois é o prazer: gozar e o gozá-lo. de Ricardo Reis
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Dois é o prazer: gozar e o gozá-lo. de Ricardo Reis
