Os Votos
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"Os Votos" é um poema de Olavo Bilac que faz uma paródia do soneto "As Pombas", de Raimundo Correia. O poema retrata a dinâmica das votações na Assembleia, destacando a rapidez com que os votos são dados e a falta de serenidade no processo. O autor expressa saudade de tempos mais tranquilos, em que as apurações eram feitas de forma mais descomplicada. No entanto, o protagonista do poema percebe que, embora as pombas retornem aos pombais, os votos não voltam mais para ele. Este poema pode ser lido ou compartilhado em ocasiões relacionadas à política, destacando a ironia e crítica presentes na obra.
Os Votos
Um Poema
de Olavo Bilac
Vai-se a primeira votação passada...
Vai-se outra... mais outra... enfim dezenas
De votos vão-se da Assembléia, apenas
A sessão começou da bordoada!
Sopra sobre Ele a rígida mortada...
Que saudade das épocas serenas
Em que Ele e os outros, aparando as penas,
Tinham apurações de cambulhada!
O seu bom senso todos apregoam...
E Ele vê que aos pombais as pombas voltam,
Mas esses votos não lhe voltam mais!
In: BILAC, Olavo. Lira acaciana: colecionada por Angelo Bitu. Rio de Janeiro: s.n., 1900.
NOTA: Paródia do soneto "As Pombas", de Raimundo Correi
No poetmi desde 2022-10-01 01:36:54