imagem alusiva a Ontem

Ontem

poemi.com logo

PoetMi.com

"Ontem" é um poema de Olavo Bilac que retrata a ingenuidade do eu lírico ao ser enganado pelas estrelas, que o desafiam a encontrar a rima perfeita e a rosa mais bela para comemorar o aniversário de uma delas. No entanto, o eu lírico percebe a falsidade das estrelas e já não acredita nelas. O poema expressa um sentimento de desilusão e tristeza, culminando na confissão de amor não correspondido. É um poema que pode ser lido ou compartilhado em momentos de reflexão sobre a sinceridade das aparências e a vulnerabilidade dos sentimentos.

Ontem

Um Poema de Olavo Bilac

XXVII


Ontem - néscio que fui! - maliciosa

Disse uma estrela, a rir, na imensa altura:

"Amigo! uma de nós, a mais formosa

"De todas nós, a mais formosa e pura,


"Faz anos amanhã... Vamos! procura

"A rima de ouro mais brilhante, a rosa

"De cor mais viva e de maior frescura!"

E eu murmurei comigo: "Mentirosa!"


E segui. Pois tão cego fui por elas,

Que, enfim, curado pelos seus enganos,

já não creio em nenhuma das estrelas...


E — mal de mim! — eis-me, a teus pés, em pranto...

Olha: se nada fiz para os teus anos,

Culpa as tuas irmãs que enganam tanto!


No poetmi desde 2022-10-01 01:36:54


Avatar do autor do poema

Olavo Bilac

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi um jornalista e poeta brasileiro, com Alberto de Oliveira e Raimundo correia formou a famosa Trindade Parnasiana.

Poemas relacionados com Ontem de Olavo Bilac:

SAUDAÇÃO A WALT WHITMAN [a] de Álvaro de Campos

Velha Fazenda - III de Alberto de Oliveira

Os Sapos de Manuel Bandeira

Ria, Rosa, Ria! de Manuel Bandeira

A Aranha de Manuel Bandeira

O Anjo da Guarda de Manuel Bandeira

Susana de Melo Morais de Manuel Bandeira

Célia de Manuel Bandeira

Adalardo de Manuel Bandeira

Anunciação de Manuel Bandeira

Dois Anúncios de Manuel Bandeira

Lúbrica de Cesário Verde