No grande espaço de não haver nada
Que a noite finge, brilham mal os astros.
Não há lua, e ainda bem.
Neste momento, Lídia, considero
Tudo, e um frio que não há me entra
Na alma. Não existes.
Este poema de Ricardo Reis retrata um grande vazio existencial, onde a noite simula a presença de astros que brilham fracamente. A ausência da lua é bem-vinda, pois neste momento o eu lírico considera tudo e sente um frio que penetra na alma. A personagem Lídia é mencionada, mas é negada a sua existência.
No grande espaço de não haver nada
Que a noite finge, brilham mal os astros.
Não há lua, e ainda bem.
Neste momento, Lídia, considero
Tudo, e um frio que não há me entra
Na alma. Não existes.
No poetmi desde 2022-10-07 01:37:27
Ricardo Reis in Odes de Ricardo Reis
Ricardo Reis, um dos diversos heterônimos do escritor português Fernando Pessoa.
Cai chuva. É noite. Uma pequena brisa de Fernando Pessoa
Cansado até dos deuses que não são... de Fernando Pessoa
Cai chuva. É noite. Uma pequena brisa de Fernando Pessoa
Cansado até dos deuses que não são... de Fernando Pessoa
Cai chuva. É noite. Uma pequena brisa de Fernando Pessoa
Cansado até dos deuses que não são... de Fernando Pessoa
Cai chuva. É noite. Uma pequena brisa de Fernando Pessoa
Cansado até dos deuses que não são... de Fernando Pessoa
O abismo é o muro que tenho de Fernando Pessoa
Estás só. Ninguém o sabe. Cala e finge. de Ricardo Reis
Súbdito inútil de astros dominantes, de Ricardo Reis
Acordo de noite, muito de noite, no silêncio todo. de Álvaro de Campos
Começa a haver meia-noite, e a haver sossego, de Álvaro de Campos
MAGNIFICAT de Álvaro de Campos
Não ter deveres, nem horas certas, nem realidades... de Álvaro de Campos
Não ter deveres, nem horas certas, nem realidades... de Álvaro de Campos
O Chiado sabe-me a açorda. de Álvaro de Campos
Não ter deveres, nem horas certas, nem realidades... de Álvaro de Campos
Estás só. Ninguém o sabe. Cala e finge. de Ricardo Reis
Súbdito inútil de astros dominantes, de Ricardo Reis