Na penumbra
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"Na penumbra" é um poema de Raimundo Correia que retrata uma cena de intimidade e desejo entre dois amantes. A lua nova brilha timidamente, iluminando apenas o suficiente para revelar o diamante no dedo da amada. O ambiente é descrito como tépido e enervante, com os desejos do eu lírico circulando pela carne palpitante da amada como lobos esfaimados. A treva densa do olhar dela brilha intensamente, enquanto seus seios, comprimidos pelas roupas, batem com tanta força que estalam o espartilho. Este poema é ideal para ser lido ou compartilhado em momentos de paixão e sensualidade.
Na penumbra
Um Poema
de Raimundo Correia
Raiava, ao longe, em fogo a lua nova,
Lembras-te?... apenas reluzia a medo,
Na escuridão crepuscular da alcova
O diamante que ardia-te no dedo...
Nesse ambiente tépido, enervante,
Os meus desejos quentes, irritados,
Circulavam-te a carne palpitante,
Como um bando de lobos esfaimados...
Como que estava sobre nós suspensa
A pomba da volúpia; a treva densa
Do teu olhar tinha tamanho brilho!
E os teus seios que as roupas comprimiam,
Tanto sob elas, túmidos, batiam,
Que estalavam-te o flácido espartilho!
No poetmi desde 2022-08-15 02:00:24