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Meio-Dia

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"Meio-Dia" é um poema de Olavo Bilac que retrata a atmosfera de um dia ensolarado ao meio-dia. O poema descreve a natureza em pleno movimento, com o regato correndo suavemente, o sino da igreja repicando e o aroma das ervas do mato no ar. O autor também retrata a vida cotidiana, com crianças brincando na escola, o lavrador descansando e contemplando o céu, e as atividades domésticas nas casas. O poema transmite uma sensação de calor e vivacidade, com o sol brilhando intensamente nos campos e no céu. A voz do sino ecoa pelos campos, cantando sobre a vida, a luz e o trabalho. "Meio-Dia" é um poema que pode ser apreciado em qualquer ocasião, mas especialmente em momentos de tranquilidade e contemplação da natureza.

Meio-Dia

Um Poema de Olavo Bilac

Meio-dia. Sol a pino.

Corre de manso o regato.

Na igreja repica o sino;

Cheiram as ervas do mato.


Na árvore canta a cigarra;

Há recreio nas escolas:

Tira-se numa algazarra,

A merenda das sacolas.


O lavrador pousa a enxada

No chão, descansa um momento,

E enxuga a fronte suada,

Contemplando o firmamento.


Nas casas ferve a panela

Sobre o fogão, nas cozinhas;

A mulher chega à janela,

Atira milho às galinhas.


Meio-dia! O sol escalda,

E brilha, em toda a pureza,

Nos campos cor de esmeralda,

E no céu cor de turquesa...


E a voz do sino, ecoando

Longe, de atalho em atalho,

Vai pelos campos, cantando

A Vida, a Luz, o Trabalho!


In: BILAC, Olavo. Poesias infantis. 18.ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 195

No poetmi desde 2022-10-01 01:36:54


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Olavo Bilac

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi um jornalista e poeta brasileiro, com Alberto de Oliveira e Raimundo correia formou a famosa Trindade Parnasiana.

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