Coeur sans amour est un jardin sans fleur. L. HALEVY Se me queres a teus pés ajoelhado, Ufano de me ver por ti rendido, Ou já em mudas lágrimas banhado; Volve, impiedosa, Volve-me os olhos; Basta uma vez! Se me queres de rojo sobre a terra, Beijando a fímbria dos vestidos teus, Calando as queixas que meu peito encerra, Dize-me, ingrata, Dize-me: eu quero! Basta uma vez! Mas se antes folgas de me ouvir na lira Louvor singelo dos amores meus, Por que minha alma há tanto em vão suspira; Dize-me, ó bela Dize-me: eu te amo! Basta uma vez! Publicado no livro Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão (1848). Poema integrante da série Segundos Cantos. In: GRANDES poetas românticos do Brasil. Pref. e notas biogr. Antônio Soares Amora. Introd. Frederico José da Silva Ramos. São Paulo: LEP, 1959. v.