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IV - Doura o dia. Silente, o vento dura.

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Este poema de Fernando Pessoa retrata uma cena tranquila e serena da natureza, com o dia dourado, o vento silencioso e as árvores verdes. O eu lírico contempla tudo ao seu redor, reconhecendo a beleza e a efemeridade da vida. A sensação de existir nas sombras e a percepção da falsidade da realidade são exploradas de forma poética.

IV - Doura o dia. Silente, o vento dura.

Um Poema de Fernando Pessoa

........IV


Doura o dia. Silente, o vento dura.

Verde as árvores, mole a terra escura,

Onde flores, vazia a álea e os bancos.

No pinhal erva cresce nos barrancos.

Nuvens vagas no pérfido horizonte.

O moinho longínquo no ermo monte.

Eu alma, que contempla tudo isto,

Nada conhece e tudo reconhece.

Nestas sombras de me sentir existo,

E é falsa a teia que tecer me tece.

No poetmi desde 2022-10-07 01:37:27

Fernando Pessoa in Poesias Inéditas


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Fernando Pessoa

Escritor, Poeta e Filósofo Fernando Pessoa deixou-nos inúmeros poemas e reflexões tanto em seu nome como nos de seu heterônimos.

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Azuis os montes que estão longe param. de Ricardo Reis

Olho os campos, Neera, [3] de Ricardo Reis

Uma cor me persegue na lembrança, de Ricardo Reis

No grande espaço de não haver nada de Ricardo Reis

Manhã que raias sem olhar a mim, de Ricardo Reis

Olho os campos, Neera [4] de Ricardo Reis

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