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Hora a hora não dura a face antiga

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Este poema de Ricardo Reis reflete sobre a transitoriedade do tempo e a efemeridade da vida. A cada hora que passa, a face antiga desaparece, os seres repetidos envelhecem e tudo passa ignorado. O poeta sugere que devemos acolher a chama incerta da hora com mãos frias e côncavas.

Hora a hora não dura a face antiga

Um Poema de Ricardo Reis

Hora a hora não dura a face antiga


Dos repetidos seres, e hora a hora,


Pensando, envelhecemos.


Tudo passa ignorado, e o que, sabido,


Fica só sabe que ignora, porém nada


Torna, ciente ou néscio.


Pares, assim, do que não somos pares,


Da hora incerta a chama agasalhemos


Com côncavas mãos frias.


No poetmi desde 2022-10-07 01:37:27

Ricardo Reis in Odes de Ricardo Reis


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Ricardo Reis

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