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A vida é para os inconscientes (Ó Lydia, Celimène, Daisy)

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"A vida é para os inconscientes (Ó Lydia, Celimène, Daisy)" é um poema de Álvaro de Campos que reflete sobre a dualidade entre a vida inconsciente e a consciência da morte. O eu lírico se distancia dos outros, observando-os e sendo observado por eles, enquanto fuma um cigarro que cheira à mágoa alheia. O poema sugere uma postura de desapego e indiferença em relação ao que o rodeia, desdobrando-se em diferentes papéis e técnicas, mas sem se sentir responsável por aquilo que descobre. O estandarte roto dos impérios de Maple é simbolicamente guardado nas coisas póstumas. Este poema pode ser partilhado em momentos de reflexão sobre a vida e a morte, ou lido individualmente para apreciar a sua beleza poética.

A vida é para os inconscientes (Ó Lydia, Celimène, Daisy)

Um Poema de Álvaro de Campos

A vida é para os inconscientes (Ó Lydia, Celimène, Daisy)

E o consciente é para os mortos — o consciente sem a Vida...

Fumo o cigarro que cheira bem à mágoa dos outros,

E sou ridículo para eles porque os observo e me observam.

Mas não me importo.

Desdobro-me em Caeiro e em técnico

— Técnico de máquinas, técnico de gente, técnico da moda —

E do que descubro em meu torno não sou responsável nem em verso.

O estandarte roto, cosido a seda, dos impérios de Maple —

Metam-no na gaveta das coisas póstumas e basta...

No poetmi desde 2022-10-01 01:36:54

Álvaro de Campos in Poesias de Álvaro de Campos


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Álvaro de Campos

O Poeta Álvaro de Campos é um dos mais importantes heterônimos de Fernando Pessoa.

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