Bem-vindo ao Poetmi.com, um santuário virtual dedicado à beleza e à profundidade das palavras, onde você poderá mergulhar na poesia enriquecedora de um dos pilares da literatura lusitana, José Joaquim Cesário Verde. Este aclamado poeta português é reverenciado como um dos precursores da poesia que moldaria o cenário literário de Portugal no século XX.Convidamos você a se aventurar nas páginas do Poetmi.com, onde cada poema é uma janela para o passado e, ao mesmo tempo, um convite para explorar a profundidade do presente. Aqui, a poesia de José Joaquim Cesário Verde encontrará um lugar especial no seu coração. Prepare-se para se perder nas palavras, emocionar-se com a beleza da expressão e encontrar um universo de inspiração literária.
José Joaquim Cesário Verde, com sua sensibilidade única e perspicácia, presenteia-nos com versos que transcendem o tempo e tocam a essência da alma humana. Sua poesia captura a vida em todos os seus matizes, revelando paisagens emocionais e pensamentos profundos que ainda ressoam poderosamente nos dias de hoje..
E, enorme, nesta massa irregular De prédios sepulcrais, com dimensões de montes, A Dor humana busca os amplos horizontes, E tem marés de fel como um sinistro mar!
O mundo é velha cena ensanguentada, Coberta de remendos, picaresca; A vida é chula farsa assobiada, Ou selvagem tragédia romanesca. Eu sei um bom rapaz, -- hoje uma ossada, -- Que ...
Eu, que sou feio, sólido, leal, A ti, que és bela, frágil, assustada, Quero estimar-te, sempre, recatada Numa existência honesta, de cristal. Sentado à mesa dum café devasso. Ao a...
Eu hoje estou cruel, frenético, exigente; Nem posso tolerar os livros mais bizarros. Incrível! Já fumei três maços de cigarros Consecutivamente. Dói-me a cabeça. Abafo uns desesperos ...
Ó vagas de cabelos esparsas longamente, Que sois o vasto espelho onde eu me vou mirar, E tendes o cristal dum lago refulgente E a rude escuridão dum largo e negro mar; Cabelos torrenc...
Mandaste-me dizer, No teu bilhete ardente, Que hás-de por mim morrer, Morrer muito contente. Lançaste no papel As mais lascivas frases; A carta era um painel De cenas de rapa...
Ei-la! Como vai bela! Os esplendores Do lúbrico Versailles do Rei-Sol Aumenta-os com retoques sedutores, É como o refulgir dum arrebol Em sedas multicolores. Deita-se com lango...
Se a minha amada um longo olhar me desse Dos seus olhos que ferem como espadas, Eu domaria o mar que se enfurece E escalaria as nuvens rendilhadas. Se ela deixasse, extático e suspens...